Todo amor é condicional, mas nem toda a concessão é submissão. O quanto posso suportar não ser amada em nome de manter aquilo que aos olhos do outro são defeitos? Talvez a resposta esteja próxima de diferenciar amor de idolatria. Se preciso de um amante, posso agradá-lo parcialmente. Se preciso de um fã devoto, não me permito ser nada menos que perfeitamente moldada pelo seu ideal. Quem se ama não precisa de fãs, quem se conhece não depende de espelhos. Mas quem é tão seguro, afinal?
Poucas coisas tornam alguém tão irresistível quanto a capacidade de observar uma sutileza, de fazer uma piada, de valorizar as coisas simples e de enxergar para além do próprio espelho.