- -Deixa eu ver essas unhas, dá aqui!
- -Não...
- -Anda, criança! Deixa de ser idiota!... Hum... Mas que imundície... Hahahahah! Tem um porquinho aqui!... Me faz o favor, tá? Não vai querer parecer uma sujeira ambulante. Preciso falar de novo?
- -Não.
- A lágrima pesada, rola insolente pelo rosto duro e diminuto. A mão suja esfrega e seca. A passos decididos, anda na direção do lavabo, esmigalhando os tocos de giz de cera e o desenho no chão. Um pé arrasta parte da folha, rasgando a montanha. O sol, amarrotado, por de trás, sorri torto para a árvore solitária, azul piscina.
quarta-feira, 3 de março de 2010
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2 comentários:
A parte boa de ¨ser grande¨ é que a gente pode desenhar com todas as cores, sujar as portas, o chao, o rosto, os len´cois... no silencio da madrugada ... é bem bom ser crian´ca grande hehehehe
nossa! isso foi de uma sensibilidade tão cruel!!!
Pena que pelo visto tu escreve (ou publica) pouco.
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